21 abril 2010

Da pequenez

Quando somos mais novos, tudo nos parece gigante, demasiado grande para operar. As coisas grandes e barulhentas tornam-se fascinantes ou coisas para nunca explorar. claro que para um petiz um "nunca" não dura muito tempo e depressa nos aventuramos a aventurar, saltitando entre mundos de graúdos e brincadeiras de miúdos.
À medida que crescemos as coisas vão encolhendo, perdendo a graça por nos caberem nas mãos, por se tornarem mais facilmente desinteressantes. Agigantamos-nos nós, para diminuir o Mundo e as suas coisas. Somos nós os Grandes que por então tudo podem. "Que lugar pequeno é o Mundo!"

Pois. Infelizmente facilmente se inverte a equação, quando um pequeno vislumbre basta para trocar ideias. O Homem nasce com um vontade demasiado grande para as pernas e braços que tem. Por muito longe que se torne, mais longe coisas haverão. E o medo das coisas grandes volta. Desta vez transformado em Medo que o Mundo seja grande demais para todo se ver, ouvir, cheirar, percorrer, enfim... viver.

E corre-se o Mundo enquanto ele e a ampulheta rodam, a cada volta fazendo com que mais fique por ver.

2 comentários:

Salomé Gonçalves disse...

Bora dar a volta ao Mundo com a mochila às costas e meia dúzia (chega bem) de pessoas a acompanhar?

Rita Graça disse...

Gosto de The XX. Vão dar um concerto em Portugal, nos próximos tempos.

Podiam ter vindo à Queima. =/



E atreve-te a superar o medo. É daí que vem a adrenalina.